18 julho 2006

Um fim de noite como tantos outros.

Um fim de noite como tantos outros, que de fim apenas tem o nome e onde tudo o resto é um vasto limbo onde ninguém entende onde começa e onde acaba.

Um limbo abafado e onde nem um soprozinho de ar passa por perto, mesmo que seja ar quente e húmido...

O suor escorre em bica...
Talvez esteja a exagerar, mas mesmo assim está muito calor, demasiado calor para alguém como eu que sobrevive bem melhor num clima mais temperado (uma das muitas coisas em que o "ser mediterrânico e latino" me passa ao lado), tanto calor que me quebra o raciocínio.

Por mim levantava-me e ia andar até sabe-se lá onde, até não ter onde andar, até não poder, até não querer mais, até estar demasiado longe para voltar ou se calhar até começar a arrefecer e o sono começar a fazer-se sentir.

Mas nem tudo depende de mim, nos útimos tempos diria mesmo quase nada, por isso resta-me algo que vagamente se parece com espírito de missão.

...

Um cão a ladrar ao longe e um carro furtivo que passa de tempos a tempos são os únicos sons que me vão chegando ao ouvido...

...mas tirando isso, a única companhia aqui por perto é mesmo o som da ventoínha do portátil, resta-me isso para passar estas horas que ainda me faltam por hoje.

1 comentário:

Anónimo disse...

:-)