29 julho 2006

Messenger Status, a sequela

A moulinex deixou de produzir há anos. Eu gostava muito da moulinex. Estou triste. Tenho muitas saudade

É o nickname da mesma pessoa deste post.

Como se pode ver a originalidade continua em alta.

27 julho 2006

Posso estar a embirrar...

...Mas odeio estar a cumprimentar alguém e esse alguém quando não me olha nos olhos.

24 julho 2006

O Benny Hill é tão deprimente...

Ou melhor, era tão deprimente.

Nem todo o humor que vem do outro lado do Canal da Mancha é "humor britânico"...

...isto de a SIC Comédia de começar a dar os episódios do Benny Hill foi das piores ideias que tiveram nos útimos tempos.

21 julho 2006

Duas Carreiras, Dois estilos...

DUAS CARREIRAS, DOIS ESTILOS: A grande diferença entre este serial killer de Santa Comba Dão e o outro é que este não mandava a PIDE fazer o trabalho

Gato Fedorento

Adoro os Gatos, vejo a série sempre que posso e fui assistir o espectáculo ao vivo, mas o que gosto mesmo é do blog, muito mais mordaz e incisivo e menos nonsense que o resto do repertório deles.

...E atenção que não tenho nada contra o humor nonsense, ou não tivesse eu o "Monty Python's Flying Circus" todo gravado da RTP1, e em cassetes VHS.

20 julho 2006

Desbloqueador precisa-se

"Olá, boa tarde!"

Entro no elevador

(1º andar)

...

(2º andar)

Olho para o envelope da carta que estava no correiro, é da Via Verde.

...

(3º andar)

...

Dou uma olhada para os ténis

(4º andar)

...

(5º andar)

Leio com muito interesse a pouca publicidade que me meteram na caixa do correio, neste caso um panfleto de uma excursão de velhos pra impingir tupperwares, é nestas alturas que adoriaria que me enchessem a caixa com tudo e mais alguma coisa, mesmo que fosse para mandar para o lixo assim que chegasse a casa.

(6º andar)

Ainda a ler o mesmo panfleto.

(7º andar)

...

(8º andar)

"Então até amanhã!", digo eu com um ar sorridente enquanto saio do elevador.

O Corpo

Acho que a minha próxima alcunha entre os meus amigos vai ser O Corpo, aquele que de vez em quando dá à costa...

No fundo é tudo uma questão de marés e apanhar a corrente certa.

19 julho 2006

As escadas da nossa vida...

As escadas da nossa vida, onde nós tão contentes nos vamos movendo, trocam de posição misteriosamente e sem que nós o notemos. Assim, quando julgamos que estamos a subir, estamos na verdade a ir cada vez mais para baixo...

Tradução da minha pessoa, logo não muito exacta, de um excerto de uma música de Nick Cave...

18 julho 2006

Metamorfose revisitada...

Este meu post teve a virtude de me relembrar essa pequena obra-prima de Kafka, afinal nem todas as grande obras vêm em vários volumes, e levantou uma pergunta que fustiga a minha mente desde então:

Se me transformasse numa barata gigante tratariam de mim com carinho ou esperariam que morresse para ficar com o quarto livre?...

Um fim de noite como tantos outros.

Um fim de noite como tantos outros, que de fim apenas tem o nome e onde tudo o resto é um vasto limbo onde ninguém entende onde começa e onde acaba.

Um limbo abafado e onde nem um soprozinho de ar passa por perto, mesmo que seja ar quente e húmido...

O suor escorre em bica...
Talvez esteja a exagerar, mas mesmo assim está muito calor, demasiado calor para alguém como eu que sobrevive bem melhor num clima mais temperado (uma das muitas coisas em que o "ser mediterrânico e latino" me passa ao lado), tanto calor que me quebra o raciocínio.

Por mim levantava-me e ia andar até sabe-se lá onde, até não ter onde andar, até não poder, até não querer mais, até estar demasiado longe para voltar ou se calhar até começar a arrefecer e o sono começar a fazer-se sentir.

Mas nem tudo depende de mim, nos útimos tempos diria mesmo quase nada, por isso resta-me algo que vagamente se parece com espírito de missão.

...

Um cão a ladrar ao longe e um carro furtivo que passa de tempos a tempos são os únicos sons que me vão chegando ao ouvido...

...mas tirando isso, a única companhia aqui por perto é mesmo o som da ventoínha do portátil, resta-me isso para passar estas horas que ainda me faltam por hoje.

17 julho 2006

As mais antigas recordações de infância

Estava agora a passar na TV uma daquelas sitcom de hora de jantar, onde o tema central do episódio eram as primeiras recordações de infância.

Tentei lembrar-me quais seriam as minhas, o mais longe que me consegui lembrar foi ser preparado para a anestesia num bloco operatório e o sair da clínica ao colo da minha mãe e com o meu pai a chamar um táxi...

...Só não consegui perceber qual das cirurgias se tratava, mas também não é assim tão importante.

Takk!!!

A música pode não ter um idioma tangível, mas mesmo assim continua a despertar os mais variados sentimentos.

Ontem os Sigur Rós mostraram-me isso mais uma vez, mas agora ao vivo e a cores.


15 julho 2006

ATENÇÃO: Aviso à navegação!!!

Zonas a evitar

As autoridades não se responsabilizam por eventuais danos causados por quem não seguir este aviso.

Não há perguntas estúpidas


O que há é pessoas estúpidas a fazer perguntas...

Pânico de road trips

As road trips realizadas com outras pessoas assustam-me.


Não pelo medo de não arranjar estadia a meio da noite numa cidade desconhecida e ter de dormir num banco de uma estação de comboios, pelos assaltos, pelo medo de ficar apeado em algum lado. As road trips assustam-me pela claustrofobia de continuamente partilhar espaços durante dias, ou até mesmo semanas, com outras pessoas. Abomino a sensação de proximidade continuada, facilmente começo a sentir-me "preso e limitado" e é nessa altura que começo a perder a calma e tornar-me irrascível (mais que o normal).


Por outro lado as road trips sozinho assustam-me, mas por outro motivo: tenho medo de ter muito tempo para pensar, medo do que possa surgir no meio desses pensamentos...




As road trips com outras pessoas assustam-me e brevemente vou ter uma nova prova de fogo...

Nostalgia

Sinto falta das preguiçosas tardes de sábado numa esplanada, de beber o meu café com pauzinho de canela e uma água gaseificada com gelo e limão, de folhear o jornal sem pressas, de sentir a brisa do fim da tarde a passar no pescoço, de ter aquelas conversas sobre tudo e sobre nada em especial.

Cada vez mais sou atacado pela nostalgia e pelo saudosismo, não sei até que ponto isto não será da idade mas até agora a idade apenas me tem trazido cada vez menos tempo para mim...

Não mudou assim muita coisa...

o silêncio ensurdecedor: O Estrangeiro

Não mudou assim tanta coisa, bem pelo contrário... Cada vez menos sei o que ando aqui a fazer, estou constantemente deslocado, desfasado, desenquadrado...

14 julho 2006

Aborrecem-me as intrigas...

...Não tenho paciência para guerrinhas, pequenas tricas de escritório e teorias de conspiração de bolso!

Já lá vai o tempo em que tinha os meus ódios de estimação e dedicava uma boa parte do meu esforço a demonizá-los, arranjar aquelas alcunhas privadas insípidas e tudo isto feito em grupo, o que sempre é muito mais interessante. Tudo isto me divertia imenso, até que um dia, e como se de uma revelação se tratasse, aflourou na minha mente a ideia que isto talvez não fosse muito correcto, muito provavelmente o mesmo dia em que me comparei às velhas beatas aldeia dos meus pais, que seguem religiosamente a vidinha mundana de todos à volta e, muito pior, se alimentam desses pequenos nadas.

Entretanto, e por tudo isto, vivi numa ilusão bem mais grave: a de que toda a gente pode ser meu amigo e que devo ser amigo de toda a gente, muito em especial esta última. Felizmente esta durou bem menos tempo. Há que ser pragmático, filosofias zen não têm nada a ver comigo e não tenho espírito hippie, há e haverá sempre gente que não suporto, que me dá a volta ao estômago, mas antipatizar com essa gente consome-me demasiado tempo e energia, cansa-me o cérebro e esgota-me a mente.

No fundo o truque é tentar manter as interacções numa zona segura, numa área bem delimitada onde tudo esteja minimamente sob controlo e dificilmente possa descarrilar, mesmo que em alguns casos isso implique reduzir a comunicação a algo como: "olá", "adeus" e "tudo bem?"...

3 da manhã...

...e um escritório que tresanda a suor e testosterona.

Bendito aquele que abriu umas quantas janelas...

13 julho 2006

São as primeiras impressões que contam...

...o problema é que normalmente eu não me saio muito bem naqueles três minutos iniciais, e depois disso à minha frente fica com um fosso difícil de ultrapassar.

Ronald MacDonald



Acho o palhaço amarelo que serve de mascote para o MacDonald's assustador, quando olho para ele à entrada de um dos muitos restaurantes vejo sempre um serial killer ou algo do mesmo calibre...

Acaba por ser um bom pretexto para evitar a multinacional e marcar a minha posição contra a globalização, até porque nem sequer sinto falta daqueles hamburgers.

Pior que um espanhol a falar inglês...

...é um espanhol a falar inglês num sistema de alta-voz de um avião que já viu uns bons milhares de milhas.

Oportunismo nato...

O oportunismo é, com raríssimas excepções, uma característica nata na raça humana, todos os actos realizados em favor do próximo tem sempre um fundo de interesse pessoal, quer seja pelo retorno imediato ou por qualquer tipo de crédito pessoal a ser cobrado no futuro. Mesmo o simples acto de interagir com alguém, que tem o expoente máximo nessa coisa inflamada chamada amor, resume-se a um egoísmo proporcionado pelo bem-estar que essa interacção: está-se com alguém porque se sente bem em estar com alguém, independentemente do que esse alguém possa querer e muito poucas vezes esse alguém entra na equação.

Não deixa de ser um contra-senso, o que leva que alguém seja um animal social é uma mera masturbação psicológica, uma realização pessoal que nada tem a ver com o grupo, mas antes com o indivíduo...

12 julho 2006

Ana Malhoa

Já recebi dezenas de emails da Ana Malhoa!

É impressionante como uma banal cantora popular, vulgarmente apelidada de "pimba", consegue atrair tanta atenção na net nacional com uma simples mudança de imagem, mesmo sendo esta algo parecido com um dois-em-um de cantora pimba e actriz porno...

...Acho ainda que há alguém a querer mudar radicalmente a imagem de apresentadora de programas infantis para algo mais ousado e diferente, se calhar estão a tentar fazer o mesmo que a Kylie Minogue fez quando gravou um dueto com o Nick Cave, mas com um resultado bem mais piroso e vulgar.

Aaaaahh!

Mas nessa altura andavam pelas ruas, quais fantoches febris, e eu trotava atrás deles, como toda a vida fiz no encalço das pessoas que me interessam, porque as únicas pessoas autênticas, para mim, são as loucas, as que estão loucas por viver, loucas, por falar, loucas por serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, as que não bocejam nem dizem nenhum lugar-comum, mas ardem, ardem como fabulosas grinaldas de fogo-de-artifício a explodir, semelhantes a aranhas, através das estrelas e, no meio, vê-se o clarão azul a estourar e toda a gente exclama: Aaaaahh!

"Pela Estrada Fora", Jack Kerouac


Mais uma vez sirvo-me de palavras que outros disseram, mas..

...é isto. É mesmo isto... Eu não o diria melhor...

De volta de outras paragens...

...e noutras paragens nem sempre o blog é uma prioridade.

04 julho 2006

Solidão é isto...

  • São nove e meia da noite...
  • Estou ainda no trabalho
  • O segurança já desligou todas as luzes, à excepção da zona onde estou (tive sorte, ja tenho ficado às escuras)...
  • As senhoras da limpeza já foram embora há muito tempo...
  • A música que estou a ouvir agora tem trinta minutos, sendo que os últimos quinze resumem-se a uma ténue e longínqua voz feminina de fundo sobreposta a um igualmente longinquo diálogo via rádio (e com estática). Estou no minuto 27...

Deprimente é...

Deprimente é estar no edifício de uma universidade sozinho a um domingo de Verão...

03 julho 2006

Metamorfose

"Quando Franz Kafka transformou um caixeiro-viajante numa barata gigante, foi de ter se apercebido no que podemos nos transformar e sentir cometendo o engano de achar que somos mais ou somos menos do que a realidade (dizem que há 3 versões para uma realidade: a minha, a sua e a verdadeira)."

Academia Marcelo : Metamorfose

Uhmmm... Não deve ter lido o mesmo livro que eu...

Bem sei que cada um é livre de tirar a sua interpretação daquilo que lê, vê e ouve, mas a mensagem no Metamorfose é estupidamente simples: o trajecto de alguém que, depois um infortúnio, passa de necessitado que merece toda a atenção a um empecilho que ocupa um quarto da casa, é tirar a barata gigante da história e meter um inválido ou um deficiente e acabamos com uma história igual a tantas outras.

Mas às vezes dá jeito ajustar as palavras dos outros ao que se quer dizer, e é isso que importa, mesmo que no final o resultado seja uma verdadeira metamorfose...

01 julho 2006

As "pendurezas" de um polícia...

Há vida em Markl : Uma das razões porque não adiro ao HI-5 (mas que faz com que o HI-5 seja um dos maiores espectáculos à face da Terra)

Graças a este link do Markl, tive a inovidável experiência de ver um polícia a mostrar o seu "zé tolinhas" na internet...

A partir de agora a minha vida irá dividir-se em duas partes, o antes e o depois de ver isto...

Mas no fundo até que foi agradável, e não pelo lado sexual da coisa, afinal, e quando começava a pensar que poderia ser algo desinteressante, aparece-me um bófia de meia-idade exibicionista, alguém realmente deprimente!

Vou guardar este link com a minha vida, isto é uma massagem ao ego do melhor que há!

Uffff...

Não gosto de penalties, nunca gostei...